São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996
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Fabricantes de fora vão ter de 'pisar' no acelerador

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os fabricantes internacionais de peças e componentes que pretendem disputar uma fatia do mercado brasileiro vão ter de se apressar.
As melhores oportunidades de compras e fusões de empresas no setor de autopeças se esgotarão em 12 meses.
A avaliação é de Ruperto Jimenez, vice-presidente da Dana Mercosul, braço do grupo norte-americano Dana Corporation na América do Sul.
"As encomendas para os carros que vão começar a ser produzidos a partir de 98 já começam a ser feitas. Quem estiver instalado aqui levará vantagem", diz.
Jimenez lembra que não basta a peça estar disponível no mercado internacional. "A legislação brasileira exige índice mínimo de nacionalização de 60%."
A Dana não é uma empresa recém-chegada ao Brasil. O grupo Dana-Albarus está no país desde 1957 e investiu US$ 150 milhões nos últimos cinco anos. Mas na era do carro mundial, a empresa decidiu ampliar seu campo de ação.
Acertou a compra da Rockwell-Braseixos em janeiro e se tornou o maior fabricante de eixos diferenciais leves do país.
Novas empresas devem ser adquiridas no próximos meses, diz. Além de fazer eixos e juntas, quer entrar, por exemplo, no segmento de filtros, onde ocupa posição de liderança em nível mundial, mas não tem produção no Brasil.
"Devemos anunciar uma nova compra nos próximos dias", diz.
Para ele, quase todos os modelos hoje em circulação deixarão de existir em um prazo de cinco anos.

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