São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996
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McDonald's do Reino Unido decide banir a carne britânica

Rede de fast-food no Reino Unido vai importar produto

IGOR GIELOW
DE LONDRES

A rede de fast-food McDonald's, a maior do Reino Unido, com 660 lojas, baniu ontem a carne bovina britânica de seu cardápio para evitar o risco de contaminação dos clientes por uma doença que leva à degeneração do cérebro e à morte.
Chamado doença de Creutzfeldt-Jakob, o mal pode ser uma nova variante humana da encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida como "doença da vaca louca".
Na quarta-feira passada, o governo britânico admitiu pela primeira vez que a variante da "doença da vaca louca" pode ter sido transmitida a dez pessoas por carne contaminada. Elas podem ter sido contaminadas no final da década de 80, antes de o governo tomar medidas contra a doença.
O anúncio causou pânico entre consumidores e o banimento da carne britânica em 19 países.
"Nós confiamos na qualidade da carne britânica, mas nossos clientes queriam uma posição", disse o presidente do McDonald's no Reino Unido, Paul Preston.
Metade da carne usada nos sanduíches da rede no país é britânica. O prejuízo diário para os criadores é estimado em quase US$ 100 mil.
Um carregamento de carne importada deve chegar ao Reino Unido até a próxima quinta-feira para normalizar as vendas.
O governo britânico, que ontem admitiu ser possível o sacrifício de parte do rebanho de 11,8 milhões de cabeças, faz pronunciamento hoje sobre a crise. Se sacrificadas, trariam prejuízo de US$ 32 bilhões.
"Vamos esperar o governo falar para tomar qualquer medida", disse à Folha Helen Triggs, assessora da rede de fast-food Burger King.

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