São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996
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Associação quer 'pop shopping'

CLAUDIO AUGUSTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor-executivo da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida, sugere a construção de mercados populares (pop shoppings) para resolver o problema dos ambulantes.
Ele disse que essa sugestão é resultado de um workshop promovido pela associação envolvendo mais de 40 entidades.
Para Almeida, o enfoque correto do problema é considerar em primeiro plano os interesses do cidadão, depois os do consumidor e, em último lugar, os do vendedor.
"O espaço público não pode ser privatizado", disse Almeida.
Manoel Wilson de Sousa, do Sindicato da Economia Informal, acha que os mercados populares não são solução.
"Isso pode valer para o Japão. Aqui, é uma ironia. São Paulo não tem área pra shopping popular", disse Sousa.
Élvio Aliprandi, presidente da Associação Comercial de São Paulo, afirmou que a falta de disciplina no comércio ambulante gera uma concorrência predatória entre os próprios camelôs.
"Antes, eles concorriam com o comércio. Agora, concorrem entre eles", disse Aliprandi.
Dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) indicam que a participação do setor informal na economia da Grande São Paulo cresceu de 31,78% no total de pessoas em 89 para 40,02% em 95. No ano passado, havia 2,1 milhões de trabalhadores autônomos ou sem carteira assinada na região metropolitana.
(CAu)

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