São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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"Caruaru pode se repetir"
LUCIA MARTINS
Segundo ele, se a água usada na hemodiálise não estiver corretamente tratada, nenhuma das cerca de 400 clínicas do país (que tratam 25 mil pacientes) pode evitar novos problemas. "Em casos de falta de água, quando, muitas vezes, órgãos públicos distribuem água não-potável ou não fiscalizam a água vendida por empresas de carros-pipa, episódios como o de Caruaru podem ocorrer novamente", afirmou Riella. A água usada pelas unidades de diálise purificam a água, mas só retiram o excesso de cloro, cálcio e magnésio, substâncias usadas no tratamento da água. Elas não retiram, por exemplo, toxinas ou bactérias. O processo de purificação já parte do princípio de que essas substâncias já foram removidas no tratamento feito pelos governos estaduais. Depois que a água é purificada, ela é misturada com sais para formar uma solução responsável pela "limpeza" do sangue do paciente renal. O sangue é colocado em um aparelho que faz a "limpeza" e imediatamente reaplicado no paciente. É aí que surgem os problemas. Se a água que vai formar a solução de "limpeza" não estiver realmente pura, as substâncias nocivas entram direto na corrente sanguínea do doente. "Os problemas em clínicas não são frequentes, mas é bom que se diga que, se a fiscalização da água não for intensa, o risco de novos problemas existe", afirmou. (LM) Texto Anterior: Instituto não examinava água usada Próximo Texto: Associação de magistrados empossa nova diretoria; Um morre em incêndio em depósito de fogos; Entidade internacional critica investigação Índice |
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