São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Guerra no centro obriga lojas a fechar
BETINA BERNARDES; ROGÉRIO SCHLEGEL; VICTOR AGOSTINHO; MALU GASPAR; LUIZ HENRIQUE AMARAL; CLÁUDIO AUGUSTO
A prefeitura ocupou a área às 23h de quarta-feira. Foram empregados 200 homens e 30 carros da Guarda Civil Metropolitana (GCM), 10 fiscais, 60 auxiliares ("rapas") e 25 caminhões. O objetivo da operação, segundo o administrador da Regional da Sé, Victor David, era retirar os camelôs do quadrilátero entre os largos São Francisco e São Bento e as ruas Líbero Badaró e 15 de Novembro para fazer um recadastramento dos ambulantes. "Tomamos essa medida porque a cidade ficou insuportável. Se ocorresse um sinistro, não haveria espaço para os bombeiros passarem", disse David. Segundo a administração, foram apreendidas 30 barracas. Os ambulantes falavam em 107. Confronto A pior parte do confronto aconteceu a partir das 12h30 de ontem. Com palavras de ordem, 1.500 ambulantes iniciaram passeatas em que ameaçavam destruir as lojas que se mantinham abertas. O comércio chegou a fechar as portas, houve depredação e ameaças de saques. Pelo menos 23 pessoas foram presas, e só a Santa Casa atendeu dez feridos. Durante toda a tarde, os camelôs atiraram paus e pedras contra vitrines e chutaram as portas de ferro. Houve novos confrontos com policiais e seguranças das lojas, que também estavam armados. Segundo o administrador regional da Sé, Victor David, os ambulantes só podem voltar para as ruas depois do recadastramento, que deveria ter começado ontem, mas foi adiado para hoje devido à confusão. À noite, um grupo de camelôs continuava no centro, "guardando" as barracas que ainda não haviam sido removidas. A prefeitura pretende manter a ocupação da área, com os homens da Guarda Civil Metropolitana. (BETINA BERNARDES, ROGÉRIO SCHLEGEL, VICTOR AGOSTINHO, MALU GASPAR, LUIZ HENRIQUE AMARAL E CLÁUDIO AUGUSTO) Texto Anterior: Como foi a blitz Próximo Texto: Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três! Índice |
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