São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Indústria de SP cresce 4% em fevereiro
ANTONIO CARLOS SEIDL
Boris Tabacof, diretor titular do Departamento de Economia da Fiesp, disse que "a atividade econômica atingiu um novo patamar de estabilidade, com um crescimento suave". Por trás disso, afirmou, está a incorporação ao mercado de uma grande massa de consumidores beneficiados pela queda da inflação. O INA de fevereiro deste ano em relação a dezembro cresceu 9,0%. Em comparação com fevereiro de 1995, o INA do mês passado mostra queda de 3,3%. As vendas da indústria paulista cresceram 2,5% em fevereiro, relativamente ao mês anterior, e de 11,4% em relação a dezembro de 1995. A Fiesp, disse Tabacof, está inconformada com a tendência de estabilidade com pequeno crescimento da atividade industrial. Esse cenário, afirmou, não é suficiente para um país emergente como o Brasil. Problemas sociais "Não queremos um quadro suíço ou sueco de estabilidade permanente porque precisamos crescer para resolver os problemas sociais do país", disse. Para dar uma "injeção de ânimo" na economia, a Fiesp levará proximamente ao governo uma série de sugestões visando estimular os investimentos e as exportações. "Acreditamos que o governo pode introduzir fatores dinâmicos na economia para quebrar a inércia da estabilidade sem criar pressões inflacionárias na economia", disse Tabacoff. Para estimular os investimentos, a Fiesp sugere desoneração fiscal da entrada de capitais externos para a atividade produtiva, incentivos à captação de recursos pelos fundos de pensão e regulamentação da flexibilização dos monopólios de telecomunicações, energia elétrica e petróleo. Na área das exportações, as sugestões são a criação de linhas específicas de crédito à exportação, desoneração fiscal e redução do "custo Brasil" com a aceleração das reformas constitucionais. Prévia de março Uma sondagem informal da Fiesp indica que a tendência da atividade industrial é de estabilidade em março. As indústrias de alimentos, farmacêutica, eletroeletrônica e de papel e papelão devem crescer, e as demais, com a exceção de calçados, permanecerá estável. O levantamento da Fiesp revelou que o número de pessoas ocupadas na indústria em fevereiro de 1996 encontrava-se 9,5% abaixo do mesmo mês do ano passado. Aceleração O ritmo de queda do emprego vem se acelerando. A queda foi de 7% em dezembro e de 8,1% em janeiro. "Isso mostra que continua em andamento o processo de ajustamento das empresas industriais em busca de maior competitvidade interna e externa", disse Tabacof. Texto Anterior: Indústria de SP cresce 4% em fevereiro Próximo Texto: Redução de encargos vale só por um ano Índice |
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