São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Manobra financeira desfalca Diniz na F-1 JOSÉ HENRIQUE MARIANTE JOSÉ HENRIQUE MARIANTE; HUMBERTO SACCOMANDI
O 25º GP Brasil de F-1 foi palco de uma das manobras financeiras mais ousadas da história recente da categoria. O escocês Tom Walkinshaw, até então dono da Ligier, equipe do brasileiro Pedro Paulo Diniz, confirmou ontem, em Interlagos, que comprou a Arrows. Em comunicado, afirmou que a TWR, empresa de sua propriedade, será incorporada pela Arrows e deixará a Ligier até junho. Isso significa que o time de Diniz perderá um dos corpos técnicos mais respeitados da F-1 -projetistas, técnicos e engenheiros. Além disso, dois patrocinadores, entre eles a Parmalat, que chegou ao time via família Diniz, também acompanharão Walkinshaw. O fato provocou uma reunião no final da tarde entre Bernie Ecclestone, Abílio Diniz, pai de Pedro e presidente do grupo Pão de Açúcar, a Parmalat e Flavio Briatore. A empresa afirma que vai patrocinar os dois times, o que foi confirmado por Walkinshaw. Mas é fato que parte dos recursos dados a Ligier já foram gastos no desenvolvimento do carro, cuja responsabilidade cabe, exatamente, ao corpo técnico que Walkinshaw exportará para a Ligier. No autódromo, Diniz demonstrava preocupação. "Não sei direito o que está acontecendo. Mas o Briatore me disse que vai trazer gente da Benetton", disse. O diretor do time italiano tem parte das ações da Ligier e discutia há muito com Walkinshaw a venda do time de origem francesa. Quem será o novo dono da equipe, aliás, é uma pergunta que nem Walkinshaw sabe responder. "Só sei que a Arrows é 100% minha." Diniz e Olivier Panis ficam no time até o final do ano. A situação de Ricardo Rosset e Jos Verstappen, atuais pilotos da Arrows, não sofrerá alteração "nesse momento". LEIA MAIS sobre F-1 à pág. 10 Próximo Texto: Empresário tenta 'socorrer' o patrocínio do filho Índice |
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