São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Pilotos pedem parte dos lucros na Indy
MAURO TAGLIAFERRI
Além de discutir temas relativos à segurança nas pistas, os competidores estão preocupados com o dinheiro que está deixando de entrar em seus bolsos. A Championship Drivers Association (CDA) quer rever os contratos existentes na IndyCar, órgão dirigente da categoria, a respeito da venda e exploração da imagem dos pilotos. A preocupação é sintoma da internacionalização da Indy. Hoje, suas corridas são transmitidas para mais de 150 países e a imagem dos pilotos se valoriza no mercado. Desde abril de 95, numa reunião da CDA antes da corrida em Phoenix, já se pensava em adotar um esquema de exploração da imagem dos corredores igual ao usado na Nascar, o Stock Car dos EUA. Naquela categoria, mais popular nos EUA que a Indy, os pilotos têm direitos sobre a venda de camisetas, bonés e qualquer outro material que veicule suas imagens. O tema voltou à ordem do dia, agora, na Austrália. As equipes chegam com antecedência ao país para que todos se adaptem ao fuso horário -são 13 horas de diferença para Brasília. "A intenção é dar à CDA maior representatividade junto à IndyCar", comentou Raul Boesel. Até alguns detalhes, como os custos de se dormir num trailer dentro dos autódromos, foram levantados pelos pilotos. Atualmente, se o piloto optar por ficar no circuito, paga entre US$ 2.000 e US$ 3.000, conta mais alta do que se ficasse num hotel. Até ontem, os pilotos se dedicaram às reuniões e ao lazer. Emerson Fittipaldi surfou, Mauricio Gugelmin visitou um parque de cangurus e Christian Fittipaldi nadou com golfinhos. Na madrugada de hoje, no horário brasileiro, seriam realizados os primeiros treinos livres e oficiais para o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 96. O treino que define o grid de largada acontece na madrugada de amanhã e a corrida, à 1h de domingo (hora de Brasília). (MT) Texto Anterior: 25 anos de F-1 no Brasil Índice |
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