São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Preço justo?
WILSON BALDINI JR. Os empresários do Hotel MGM, de Las Vegas, estão totalmente satisfeitos por terem feito um contrato que garante a eles a organização das seis primeiras lutas de Mike Tyson, desde que este deixou a prisão, em Indiana, há um ano.Após metade do negócio realizado, a previsão de um faturamento de US$ 2,7 bilhões até o final deste ano já é considerada "totalmente ultrapassável". O sucesso de audiência do combate diante do inglês Frank Bruno, que garantiu uma venda "pay-per-view" de mais de 2 milhões de residências na Inglaterra (ganho de US$ 100 milhões), faz com que a idéia possa ser introduzida em outros países, europeus e asiáticos. Ainda bem que, aqui no Brasil, a TV Globo comprou o direito dessas lutas, por meros US$ 6 milhões. Somente isso explica as bolsas cada vez mais "inflacionárias" proporcionadas ao maior lutador peso-pesado da atualidade. Desde que voltou a calçar luvas, e com 15 minutos sobre o ringue em três lutas, Tyson faturou US$ 65 milhões. Uma média de mais de US$ 4 milhões por minutos de combate. E o pior é que ele ainda reclama! Mas talvez ele esteja certo. Para sua próxima luta, que deve acontecer em junho ou julho próximo, ele exige mais do que os US$ 30 milhões oferecidos para derrubar Frank Bruno. É justo? O peso-pesado afirma que "muitas pessoas estão ganhando às suas custas". Ex-campeões como Larry Holmes, Tim Witherspoon e Trevor Berbick saem em defesa de Tyson e afirmam que o empresário Don King "sempre fatura dez vezes mais que o lutador". Tyson tem a faca, o queijo, o presunto, a salada, ...tudo na mão. Poderia fazer como os jogadores italianos de futebol e entrar em greve. Seria ótimo ver Don King perdendo os seus famosos cabelos grisalhos e eriçados de tanta raiva e preocupação. Texto Anterior: A 'miamização' do automobilismo brasileiro Próximo Texto: "Vovô Brasileiro"; Maradona no boxe; Troca de data e local; Parabéns atrasados Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |