São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996
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Clinton deve vetar lei que proíbe aborto após 4º mês

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA aprovou, em votação final, projeto de lei para proibir um tipo de aborto praticado após 20 semanas de gravidez.
É a primeira vez que o Congresso norte-americano decide tornar ilegal qualquer tipo de aborto desde 1973, quando a Suprema Corte considerou sua prática um direito constitucional da mulher.
O presidente Bill Clinton prometeu no ano passado que vetaria o projeto se ele chegasse a suas mãos. O assunto vai ser um dos temas principais da campanha presidencial deste ano.
A prática que a Câmara resolveu proibir por 286 votos a 129 é chamada "aborto de nascimento parcial" ou "dilatação e evacuação intacta".
Ela é uma intervenção cirúrgica em que o feto é puxado para fora da mãe pelos pés até que só sua cabeça permaneça no útero.
O médico, então, insere uma seringa no cérebro do feto para sugá-lo e permitir que a cabeça saia do útero com maior facilidade.
Os defensores do direito ao aborto dizem que esse método tão limitado pode servir de cabeça-de-ponte para a proibição de qualquer tipo de interrupção da gravidez. (CELS)

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