São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Shin Bet falhou, diz relatório
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Um comitê de investigação israelense divulgou ontem um relatório sobre as falhas de segurança que permitiram o assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em 4 de novembro passado, após um comício pela paz em Tel Aviv.A comissão apurou que o corpo de guarda-costas de Rabin estava preparado para sofrer ataques "com pedras ou tomates", mas não com balas. Foram tiros disparados pelo militante judeu Yigal Amir que mataram o premiê. Anteontem, Amir foi condenado à prisão perpétua. O relatório tem mais de 300 páginas e foi feito a partir do depoimento de 61 pessoas, a maioria a portas fechadas. "O Shin Bet (órgão de segurança do país) tinha abundante informação sobre a intensificação das ameaças contra a vida de pessoas proeminentes, principalmente o primeiro-ministro", afirma o relatório. "O Shin Bet não tomou nenhuma providência séria para reavaliar seus métodos ou adaptá-los ao risco crescente." As ameaças contra Rabin cresceram quando ele proclamou os acordos de paz com os palestinos. Grupos radicais judeus se opuseram à negociação. As falhas na segurança causaram uma profunda crise no Shin Bet. A viúva de Rabin, Leah, disse ontem que seu marido nunca temeu ser morto por um extremista judeu. Yitzhak Rabin recusou vários conselhos de usar coletes à prova de balas. Texto Anterior: Presos 376 palestinos em ação antiterror Próximo Texto: EUA ajudam os palestinos Índice |
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