São Paulo, sábado, 30 de março de 1996 |
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Gastos de 95 pagos em 96 chegam a R$ 3,6 bi
ALEX RIBEIRO
Com isso, sobe para R$ 3,66 bilhões as despesas de 1995 que foram adiadas para o ano seguinte, aliviando o déficit de caixa de 95 -mas, ao mesmo tempo, pressionando as contas do Tesouro em 96. Os "restos a pagar" são um expediente normal nas finanças públicas. Permitem postergar para o exercício seguinte o pagamento de despesas que, por falta de tempo, não puderam ser realizadas. No Orçamento fiscal do ano passado, os gastos superaram as despesas em R$ 4,08 bilhões. O valor gasto em "restos a pagar" em apenas dois meses de 1996 já é 12% maior que o total dos 12 meses do ano passado, quando foram saldados R$ 3,24 bilhões. Nos próximos meses, há margem para novo crescimento, já que o total inscrito neste item encontra-se provisoriamente em R$ 8,38 bilhões. Em fevereiro, a maior parte do dinheiro dirigido aos "restos a pagar", com R$ 293 milhões, foi para o item "outras despesas correntes", mas também foram realizadas despesas com investimentos. O aumento dos "restos a pagar" deve-se à flexibilização das regras promovida por meio de três decretos. No último deles, foi adiado para 31 de março o prazo para realizar despesas de 95 que podem ser inscritas como "restos a pagar". Texto Anterior: Banco Central nega acusações de Fleury Próximo Texto: Ex-diretores são acusados de desvio Índice |
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