São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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Páscoa gera milagre da multiplicação dos coelhos

SUZANA CAMARÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Atenção pais e mestres de todo o Brasil: preparem-se.
A partir desta semana é bem capaz que seus guris passem a cantar para vocês aquela antiga cantiga do "Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim...".
Afinal, as vitrines da cidade não só profetizam como já dão como certo. Nesta Páscoa, é com coelhos que a petizada quer se deliciar.
"Minhas avós, minha madrinha, minhas tias, todo mundo só me dá ovos de chocolate na Páscoa. Por isso, pedi pro Coelhinho um coelho bem grande pra variar."
Sofia Brandão, 6, zanzava pelo shopping Iguatemi nesta semana completamente deslumbrada pelos coelhos expostos nas lojas de brinquedos e doceiras.
Nem bem elegia um, vislumbrava outro e trocava de idéia.
Pudera. São tantos, tão atraentes e tão espertos os coelhos da Páscoa 96, que optar por um único exemplar é difícil até para um adulto.
Além dos de pelúcia gostosinhos, dos de plástico divertidos e dos óbvios, de chocolate, o mercado oferece agora leporídeos de brinquedo deveras mirabolantes.
Há os que cantam, dançam, acendem as bochechas e fazem fiu-fiu, assim como os estáticos, fofos e bem-vestidos, que simplesmente encantam.
"Um coelho de brinquedo dura um tempão. Um ovo de chocolate grande, dez minutos. Sendo que o preço de um coelho decente às vezes é muito menor que o de um ovo vistoso".
Maria Clara Brandão, 36, já caiu na lábia da filha Sofia. No domingo de Páscoa vai enfeitar a cama da menina com alguns miniovinhos de chocolate ("É mais forte do que eu", confessa), um punhado de palha seca e uma baita coelha alva, gorda e orelhuda. Que abriga em seu colo um filhotinho tão atraente, branco e fofinho quanto ela.

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