São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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CUT prepara greve para o dia 8

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em negociação realizada ontem, as empresas de máquinas e eletroeletrônicos ofereceram a 80 mil metalúrgicos da CUT do Estado de São Paulo, com data-base em abril, reajuste salarial de 4% para quem ganha até R$ 1.500.
Salários acima desse valor teriam reajuste de acordo com a livre negociação. "É o meu limite, é a proposta definitiva", disse Ariovaldo Lunardi, coordenador do grupo 19-3 da Fiesp (setores de máquinas e eletroeletrônicos).
Os metalúrgicos, que pedem 5,64% de reajuste mais aumento real de 10%, consideraram a proposta insuficiente.
"Faremos reunião na segunda-feira para preparar greve no dia 8. Mas consideramos que as negociações continuam abertas", disse Paulo Sérgio, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT.
Comerciários
O acordo assinado ontem entre supermercados da cidade de São Paulo e comerciários reduz o piso da categoria de R$ 194 para R$ 100.
"Criamos uma nova função, a de empacotadores, que pode ganhar R$ 100. Os demais comerciários continuam com o piso de R$ 194", disse Antônio Duarte, do sindicato dos comerciários (Força Sindical).
Mesmo assim o acordo foi vantajoso, afirmou. "Os supermercados, que não contratavam empacotadores, vão criar 20 mil vagas. A jornada de trabalho deles também é menor, de 40 horas semanais, enquanto dos demais é de 44 horas."

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