São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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CDB lidera ranking financeiro em março; FIF bate poupança

Crise política afasta estrangeiros e derruba as Bolsas

DA REPORTAGEM LOCAL

Os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) lideraram o ranking das aplicações financeiro no mês de março. As Bolsas ficaram com a lanterna.
O mercado acionário foi afetado pela crise política que eclodiu com a derrota do governo na primeira votação da reforma da Previdência e com a possibilidade de instauração da CPI dos Bancos.
Por conta disso, a Bolsa paulista perdeu investimento estrangeiro -e o mercado é movido a dólar- e acabou acumulando uma valorização nominal negativa de 0,06% no mês.
Graças à política de taxas de juros implementada pelo BC (Banco Central), todas as demais alternativas ficaram acima da inflação medida pelo IGP-M, que ficou em 0,4%.
Até mesmo o FIF de curto prazo, única alternativa que garante o acesso a rentabilidade diária. Os FIFs de curto prazo renderam, em média, 0,81%.
Os FIFs de 30 dias, com rendimento líquido de 1,65%, voltaram a superar o ganho das cadernetas de poupança (de 1,3179%).
Os CDBs para grandes quantias lideraram o ranking com um rendimento líquido (descontado o Imposto de Renda) de 1,9%.
O dólar paralelo, que só buscou acompanhar as alterações promovidas pelo governo na minibanda cambial, acumulou rendimento de 0,61%.
Acompanhando o mercado internacional, o ouro subiu 0,56%.

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