São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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Forte Apache

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

Esperava-se muito desta corrida em Interlagos. E, pelo menos no campo da boataria, a expectativa foi confirmada.
Os dois falatórios mais fortes ganharam a mídia. O primeiro, a volta do professor.
Seria bom demais, talvez por isso não tenha acontecido, Prost apagar as 25 velinhas do GP Brasil.
Mas, mais do que especulação, o retorno do francês às pistas é um fato que pode acontecer ainda este ano.
Nos bastidores, ouve-se que a McLaren espera apenas ter um carro que lembre os bons tempos para colocar Prost no volante.
O piloto estaria sendo pressionado pelos patrocinadores e pela Mercedes. Mas, do alto de seus quatro títulos mundiais, o francês pode recusar ser boi de piranha para Ron Dennis.
Está certo o francês ao se resguardar. Mas acho que se fosse para a pista, daria pau em muita gente mesmo com esse carro de agora.
O segundo falatório que marcou a véspera da corrida foi essa negociação obscura de Tom Walkinshaw.
Não dá para provar, mas cheira a golpe. E, se esse foi o objetivo do escocês, um dos maiores tubarões da F-1, parece ter menosprezado o poder econômico da família Diniz.
De qualquer forma, fica aberta a possibilidade da Ligier efetivar sua revolução francesa particular, o que abre outras frentes interessantes, uma delas a transformação de Prost em chefe de equipe.
Sobre a Arrows, é pertinente lembrar que Verstappen e Rosset estão fazendo muito com um carro apenas honesto. E, interessante, desde a Austrália. Walkinshaw?
E, para quem precisa fazer palpite para a corrida de amanhã: a Williams errou o caminho e tem tudo para retomá-lo ainda hoje.
Apesar de Briatore estar falando grosso, Schumacher querer desdenhar e a McLaren surgir de repente.

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