São Paulo, sábado, 30 de março de 1996 |
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E o que é que a Juliana viu no galã Amaral?
MATINAS SUZUKI JR.
Cléber, Cafu e Luizão ficam de fora por impedimento superior, não para serem poupados. Mas, cá entre nós, é justamente esta trinca um dos pontos altos do Palmeiras. * Muita gente boa já falou antes, mas eu não falei e considero uma injustiça não ter falado até agora. Lá vai: -No momento, Velloso é o melhor goleiro do Brasil. * O Oscar de melhor pergunta do futebol paulista da temporada está com a Sílvia Vinhas, da Bandeirantes. Ela que perguntou à mestiça Juliana o que é que ela viu no seu namorado, o galã Amaral. * A coisa vai mal mesmo no São Paulo -cuja diretoria diz que anunciará, na próxima terça, o maior negócio já feito em futebol, com parceria da Adidas. Até briga em treino, entre Sorlei e André, andou ocorrendo. Está certo que o time não é o ideal. Está certo que falta investimento em jogadores que possam melhorar a eficiência do time. Mas responsabilizar Muricy Ramalho pela má campanha é, no mínimo, falta de memória e de visão em perspectiva dos torcedores são-paulinos. Tudo bem, o torcedor brasileiro quer ganhar tudo para ontem. Não existe amanhã. Não existe o tempo futuro -talvez o mais belo de todos- para o ansioso torcedor brasileiro. O trabalho de Muricy junto a Telê, junto aos jogadores iniciantes no futebol e, mesmo, até em alguns períodos do time principal sempre o credenciaram como um treinador de amplas perspectivas -e tudo indica que ele não encontrou condições ideais de trabalho. (Santo da casa, no Brasil, definitivamente, não faz milagre. Por ser um auxiliar do técnico principal, made in Morumbi, certamente não teve as condições de negociar com a diretoria os investimentos no time que um técnico de renome, certamente, teria.) Seria importante o torcedor são-paulino refletir um pouco e lembrar que o futebol é cíclico. Um time ganha tudo hoje, como ocorreu recentemente com o São Paulo, e pode não ganhar nada amanhã. O importante, no período de vacas (não as loucas, pelo amor de Deus) magras, é que a reestruturação seja consistente. Investir em jovens de talento, mas inexperientes, pode significar maus resultados no curto prazo, mas bons resultados em prazo médio. Não é à toa que um time como o Guarani, por exemplo, costuma passar três ou quatro temporadas perdendo tudo e, de repente, chega a disputar o título brasileiro. Na entressafra, ele garimpa jovens promissores que estão por aí, brincando pelos campos do Senhor, como diria o nosso, se não me engano torcedor do River, Hector Babenco. * Romário, Bebeto, Juninho, Ronaldinho, Tulio, Sávio, Luizão, Rivaldo, Djalminha, Edmundo, Marcelinho, Giovanni. Faça sua aposta. Texto Anterior: Parmalat já dá apoio à Arrows Próximo Texto: Forte Apache Índice |
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