São Paulo, sábado, 30 de março de 1996 |
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Teens nos camarotes
ROGERIO SCHLEGEL
Pois saiba que, nesse momento, algumas centenas de afortunados se deliciavam assistindo ao primeiro treino do GP Brasil nos camarotes vips de Interlagos. Inclusive este repórter, que, nestes três dias de GP, foi elevado à condição de celebridade para descobrir como é a F-1 vista através de óculos de sol de US$ 300. Teens Ontem, os jovens dominaram o cenário. Então não é camarote vip, é camarote vinte, diria José Simão. O fato é que os teens, entre o terrível ronco dos motores e a mais interessante das aulas sobre dicotiledônias, preferiram o primeiro. Melhor para este repórter vip, já pronto a arriscar comentários sobre o mundo dos negócios, à espera dos "businessmen". Ontem, a última sobre os Mamonas chegando ao céu já era suficiente para iniciar um papo. E para prolongá-lo por muito tempo. Nos boxes Consigo um lugar na fileira do para-ver-e-ser-visto, que dá para o corredor por onde passam todos. De quebra, consigo ver a pista. Vem o garçom e começa a mordomia. Salgadinhos, refrigerante, sorvete. Mais salgadinhos, mais refrigerante. Sorvete, não, obrigado. Início do treino. Logo descubro que o lugar nem é tão bom assim, porque as celebridades, acostumadas a estar perto do que é notícia, se empoleiram no terraço que dá para a pista. Bem na minha frente. O ponto alto vem após o treino, quando o acesso à área em frente aos boxes é aberto para nós, vips. A entrada de fato lembra uma celebridade -Paulo Machado de Carvalho, que empresta o nome ao estádio do Pacaembu. O empurra-empurra para passar no portão é o próprio dia de jogo. Enfim vemos as máquinas. Mas e os pilotos? Deixada na mão, uma de minhas companheiras resume o pensamento de todos: "Eles deviam esperar o pessoal do camarote chegar antes de irem embora". Texto Anterior: Pista está ondulada Próximo Texto: Dirigente da F-1 quer tirar Ferran da Indy em 1997 Índice |
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