São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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Dirigente da F-1 quer tirar Ferran da Indy em 1997

Ecclestone diz que categoria dos EUA não preocupa a Foca

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele não admite. Mas prepara uma verdadeira blitz contra a expansão da Indy no Brasil.
O mais poderoso executivo da F-1, Bernie Ecclestone, afirmou ontem, em Interlagos, que a categoria não teme a concorrência da rival norte-americana.
"A F-1 continua muito popular no Brasil. E não será a falta de um piloto local em uma equipe de ponta que arrefecerá isso".
Rápido, Ecclestone nem esperou pela réplica. "Estamos trabalhando nesse sentido". E adiantou seu objetivo. "Gil de Ferran seria uma grande atração na F-1".
Questionado se o piloto brasileiro, atualmente estrela na Indy, correria pela equipe que Jackie Stewart monta para 97, Ecclestone ponderou: "Acho bom. Mas Gil precisa entrar em um time vencedor".
O dirigente, que acumula as funções de presidente da Foca (associação de construtores) e de vice da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), supervisiona todos os contratos da F-1.
"Acho que estamos trabalhando de forma correta. Veja o Jacques Villeneuve. Ninguém dava nada por ele antes. E agora será o campeão mundial de 1996".
Sobre os 25 anos do GP Brasil, Ecclestone afirmou não se lembrar muito da primeira corrida. "Só sei que ganhamos com Carlos (Reutemann)", disse, se referindo ao piloto argentino da extinta equipe Brabham, da qual era proprietário.
"A corrida no Brasil acontece mais porque gosto do país e dos brasileiros. Na verdade, ela não é lucrativa", declarou.
Sobre uma possível corrida no Rio, propalada pelo prefeito carioca César Maia, Ecclestone disse: "Isso não existe".
(JHM)

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