São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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Tremor deixa 50 mortos no Equador

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um terremoto na noite de anteontem matou pelo menos 50 pessoas no Equador. O tremor atingiu 5,7 graus na escala Richter (o mais forte terremoto já registrado chegou a 9 graus).
O presidente Sixto Durán-Ballén foi à Província de Cotopaxi avaliar os estragos. A Defesa Civil calcula prejuízos de US$ 70 mil.
A maioria dos danos aconteceram em aldeias indígenas. O presidente esteve na cidade de Latacunga, 90 km ao sul de Quito (capital do país), e disse que vai ordenar a retirada da população.
A região afetada fica no meio dos Andes, no centro-norte do Equador, nas Províncias de Tungurahua e Cotopaxi. Vivem lá 650 mil pessoas.
Durán-Ballén estuda decretar estado de emergência. Ele deixou de comparecer a uma cerimônia militar em Guaiaquil para visitar a região afetada pelo tremor.
No centro da Província de Cotopaxi, 60% das casas foram destruídas pelo abalo.
A cifra de 50 mortos foi divulgada pelo vice-presidente, Eduardo Peña, na tarde de ontem. Horas antes, a Defesa Civil falava em 16 mortos e 7 desaparecidos.
Mais tarde, o Ministério da Defesa anunciou a existência de 62 mortos. Segundo o ministro Alfonso Alarcón, 29 das vítimas moravam na cidade de Pijilí, 12 em Cachi Alto e 12 em Santa Bárbara.
Houve 300 tremores secundários, isto é, resultantes do acomodamento da terra após o tremor principal. Geologicamente, o Equador está localizado no limite entre duas placas que formam a superfície terrestre, e por isso está mais sujeito a tremores.
Há pelo menos 800 pessoas isoladas. A Defesa Civil pediu a intervenção de aviões do Exército, criando uma ponte aérea.
A Embaixada dos Estados Unidos em Quito anunciou a chegada, amanhã, de um avião com ajuda humanitária para um hospital de Cotopaxi. O carregamento havia sido decidido antes do terremoto.

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