São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
Texto Anterior | Índice

Competição desigual; Saco preto; Escolha de candidato; Estranheza; Debate interminável; Insatisfação; Centro cultural

Competição desigual
"Caro Josias de Souza: o seu sentimento de culpa (Folha, 25/3) deve ser pequeno em relação ao salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (Folha, 26/3).
Enquanto você como e bebe meio ano de salário da professora Salete (R$ 23 ao mês), o ministro recebe quase 40 (sim 40!) anos do mesmo salário em um mês.
O máximo que você poderá chegar será ao purgatório, mas os ministros terão seus lugares assegurados em local conveniente."
Milton Gilberto Poli (Campinas, SP)

Saco preto
"Não é pra menos que o saco seja preto, pudera (!), com o peso do Serjão!"
Julio Minervino (São Paulo, SP)

"O ministro Sérgio Mota que, de tão íntimo, conhece a coloração do saco do presidente FHC, precisa ser informado que não somos todos idiotas.
A indisponibilidade dos bens de administradores de empresas do mercado de capitais sob intervenção é uma exigência legal. E a lei que torna compulsoriamente obrigatória essa indisponibilidade é de 13 de março de 1974 (lei 6.024).
Ou seja, de quando FHC defendia as teses que nos pediu para esquecer, de quando o seu filho nem era casado e de quando, possivelmente, sua nora ainda era criança."
Oswaldo Catan (São Paulo, SP)
*
"'Saco preto': inacreditável que o 'maior' jornal do país chegue até nós com essa manchete vergonhosa.
Se não bastasse a manchete, ainda uma página inteira sobre o 'importante assunto'.
Falta de notícia ou agressão gratuita?"
Paulo Cesar Oliveira (Taubaté, SP)

Escolha de candidato
"À vista de manifestações do deputado federal José Aristodemo Pinotti, publicadas ontem pela Folha, esclareço que o ex-governador Orestes Quércia fez questão de não interferir de forma alguma no processo de escolha, pelo PMDB, do candidato à Prefeitura de São Paulo.
Pelo contrário, desde meses atrás o ex-governador tem várias vezes reiterado, aos mais diversos interlocutores e aos próprios pré-candidatos, seu compromisso de apoiar o candidato que viesse a ser escolhido pelo partido.
Nossa definição pelo nome de João Oswaldo Leiva foi tomada por uma comissão de 18 pessoas, composta pelos vereadores do PMDB na capital, deputados federais e estaduais do partido, eleitos pelos paulistanos e pelo comando partidário.
Essa forma de escolha mereceu a concordância expressa dos pré-candidatos. Porém, após divulgado o resultado, que consagrou a candidatura de Leiva, fomos surpreendidos com o recuo do deputado Pinotti que, mesmo reconhecendo que aceitara o critério, resolveu atribuir essa aceitação a "30 segundos de bobeira".
Em contrapartida, todos os demais candidatos, como também o ex-governador Quércia, estão cumprindo rigorosamente com seus compromissos, aceitando a escolha feita pela comissão."
Jayme Gimenes, presidente regional do PMDB (São Paulo)

Estranheza
"Causou-nos estranheza a nota 'Independência ou...', publicada na coluna do ombudsman de 25/3. O ombudsman não procurou ouvir a prefeitura, dando credibilidade apenas ao ex-ouvidor municipal.
Se o tivesse feito, teria sabido que o sr. Nilo Entholzer Ferreira vinha tendo um comportamento não-condizente com seu cargo.
Antes de fazer suas críticas o ombudsman da Folha procura se informar a respeito dos procedimentos que envolveram o texto alvo de seus comentários.
O ex-ouvidor público de Santos não adotava o mesmo comportamento: primeiro criticava sem ouvir o outro, depois se informava.
O ombudsman da Folha ataca os erros do jornal, sem jamais atacar jornalistas individualmente. O ex-ouvidor público não obedecia à mesma ética.
Ele não perdeu sua secretária, mas sim dois dos três funcionários que tinha a seu dispor. Também não lhe foi retirado o telefone, mas um dos dois telefones que possuía. Isso ocorreu porque o ex-ouvidor deixou de frequentar as instalações que lhe eram oferecidas.
Por fim, a nota do ombudsman não cita o fato de que o cargo de ouvidor foi criado por lei de iniciativa do próprio prefeito David Capistrano Filho. Ou seja, é difícil acreditar que tal pessoa não tenha tido respeito pela instituição que ajudou a criar."
Fábio Santos, chefe do Departamento de Comunicação da Prefeitura de Santos (Santos, SP)
Resposta do jornalista Marcelo Leite - Não ouvi a prefeitura porque não entrei, propositadamente, no mérito político do conflito que opôs prefeito e ouvidor. Limitei-me a registrar a saída de Nilo Entholzer Ferreira do cargo.

Debate interminável
"Sugiro que esse interminável debate Nassif x Biondi seja feito na lanchonete da Folha. Ou pela linha 900."
Eurico Andrade (São Paulo, SP)

Insatisfação
"Quando vi propaganda da Revista da Folha, anos atrás, sempre liguei reclamando o não-recebimento e a resposta era de que ela se destinava somente à Grande São Paulo.
Com relação às mudanças da Folha, qual não foi minha surpresa quando vi o setor de classificados ser reduzido ao caderno Sua Vez.
Em 17/3 pedi para um amigo que trouxesse o jornal de São Paulo, e a minha revolta foi imensa: os cadernos de classificados são completos. É um desrespeito ao direito do consumidor, pois minha assinatura nunca foi mais barata do que a de quem mora na cidade de São Paulo."
Maria Regina Pereira Cunha (Jundiaí, SP)
*
"No dia 22/3 fui a uma banca, na Vila Mariana, e adquiri a Folha na esperança de ler detalhes sobre a atuação do Palmeiras. Decepção! Não havia uma só citação sobre o espetáculo!
Fui a outra banca, já na av. Paulista, para comprar um jornal mais atualizado. Observei então que a Folha daqui era mais atual que a de lá! Lá estava o Palmeiras, com seus 6 x 0 e tudo!
Resolvi encontrar a causa para tamanha decepção: a reforma do atrapalhado tablóide, que me impede de confirmar pelas indecifráveis fotos se o atleta do salto com vara chamado Bubka é branco-russo ou senegalês-negro.
E que provavelmente faz com que a Folha da Vila Mariana (a 8 km da sede da Folha) seja diferente daquela da av. Paulista (a 2 km da mesma sede) e menos atual que todos os outros jornais."
Geraldo Ribeiro Junior (São Paulo, SP)

Centro cultural
"Vimos cumprimentá-los pela reportagem do jornalista Elvis Cesar Bonassa 'Lei Rouanet favorece concentração de incentivos' (2/3)."
Gabriel Harari, presidente da Casa de Cultura de Israel (São Paulo, SP)

Texto Anterior: Fortalecendo a organização dos trabalhadores
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.