São Paulo, domingo, 31 de março de 1996
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FHC vê má-fé em críticas

AUGUSTO GAZIR

AUGUSTO GAZIR; EMANUEL NERI
DO ENVIADO ESPECIAL A JAGUARIBARA

Presidente aponta 'politicalha' em ação de antecessores

O presidente Fernando Henrique Cardoso acusou governos passados de fazer "politicalha", por não terminar obras que começaram. Disse que vai terminar 50 dessas obras no Nordeste.
FHC afirmou que o projeto de transposição das águas do rio São Francisco, que condenou quando era ministro da Fazenda no governo passado, tem de mudar de nome para "água de beber".
"Em primeiro lugar, água para tomar, depois para irrigar", disse. Estou começando a acreditar que o sertão vai virar mar", completou.
O presidente visitou ontem pela manhã as obras do açude Castanhão, em Jaguaribara (a 253 km de Fortaleza-CE), e autorizou as obras complementares para a construção da barragem do açude, que vai custar R$ 28 milhões.
"Quando me falam do social, eu rio da ignorância de quem não vê que o Brasil está mudando", disse FHC, sem citar nomes. Segundo ele, os críticos do governo ou tem má-fé ou são ignorantes. O deputado Paes de Andrade (CE), presidente do PMDB e opositor do governo, estava no mesmo palanque. O presidente disse que "é melhor pagar para o povo nordestino ter água do que ser obrigado a socorrer o sistema financeiro". Depois, ele completou que socorre os bancos para que o povo não perca o dinheiro depositado.
Em Iracema, a 380 km de Fortaleza, o presidente negou a ajuda financeira ao Proálcool em troca de votos para aprovação da Previdência. "Assim não dá. Tem que ter seriedade", disse FHC. "Não tem nada uma coisa com a outra".

Colaborou Emanuel Neri, enviado especial a Iracema

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