São Paulo, domingo, 31 de março de 1996 |
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Reforma pode ter mudança de regras
RUI NOGUEIRA
"Da maneira como está, é impossível fazer valer projetos sem um pouco dessa prática (a fisiologia)", disse Jereissati. A semana terminou com FHC mostrando que pode ir além. Está disposto a qualquer coisa para aprovar as reformas -ainda que pífias, como a da Previdência. A prova veio na quinta-feira com a proposta, quase indecente, dos governistas: mudar as regras do jogo da votação das reformas. Mal comparando, imagine um jogo de futebol em que os primeiros 45 minutos tivessem uma regra, e, nos 45 restantes, outra. O governo aprovou o emendão geral da Previdência, o texto do relator Michel Temer (PMDB-SP). Mas a oposição fez mais de 200 DVS (Destaques para Votação em Separado) e pode, mais pela quantidade do que pela qualidade, desfigurar a desfigurada reforma. A saída mágica: alterar o regimento e eliminar os DVS por decreto. A meta é acabar com a facilidade com que se apresenta hoje um DVS -basta ter a assinatura de 52 parlamentares. A proposta de inspiração palaciana: submeter a aceitação dos DVS a votação, por maioria simples, no plenário -a maioria de pelo menos 257 deputados. Maioria simples o governo tem de sobra. Texto Anterior: NOTA DE ESCLARECIMENTO Próximo Texto: O peso dos números Índice |
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