São Paulo, domingo, 31 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Controle de suínos só vai atingir 55%

Criação doméstica não passa por inspeção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O abate de porcos no Brasil também escapa do controle sanitário: a inspeção neste ano só atingirá 55% dos 20 milhões de animais que serão preparados para comercialização.
Nesse caso, a carga tributária e a fragilidade da fiscalização não são as causas da ausência de inspeção.
A Associação Brasileira de Indústrias de Produtos de Origem Suína atribui a falta de controle sanitário no abate do porco a uma questão cultural: a tradição de criação do animal para consumo doméstico na área rural. Os abates clandestinos ocorrem em fazendas e pequenos matadouros irregulares.
A produção anual da carne suína equivale a 1,3 milhão de toneladas. Desse total, 85% são processadas para ser transformadas em produtos como salsichas e linguiças. Só 15% destinam-se diretamente ao consumo.
Empresas como Sadia, Perdigão e Seara adotam um sistema integrado com controle da criação do animal até o processamento de sua carne. Somente a Sadia tem 120 inspetores do Ministério da Agricultura em suas unidades.
O abate clandestino de aves é em torno de 45% da produção anual de 2,5 bilhões de animais. A inspeção está ausente em abatedouros de pequeno porte, que matam de 5.000 a 10 mil aves por dia.

Texto Anterior: Criadas vacinas orais para combater o cólera; Capacete protege mais praticante de skate; Dosar zinco de grávida pode ajudar o bebê; Lavagem das mãos pode evitar doenças; Veneno de cobra inibe crescimento de tumor; Infecção hospitalar é tema de curso na EPM; Pequenos cuidados evitam os acidentes
Próximo Texto: 'Nunca vou crescer', diz viúva oficial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.