São Paulo, domingo, 31 de março de 1996 |
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Coluna Joyce Pascowitch
JOYCE PASCOWITCH PRONTA ENTREGAHarmônica Se o assunto é música, Livio Tragtenberg (foto) está cada vez mais afinado. Meio aqui, meio na Alemanha, esse fera do sax faz trilha para cinema, teatro, dá aula de composição na Unicamp e escreve livros. Tudo muito cabeça. Embora tenha vivido dez anos nos Estados Unidos, é na Europa que anda acertando o tom. O primeiro trabalho na Alemanha foi em 94. De um ano para cá foram três ballets -"Otelo", pela companhia de dança de Ismael Ivo, "Hansel und Gretel" -mais conhecido como João e Maria- e "Pasolini"-, que estréia mês que vem em Hamburgo. Na paralela, arma uma antologia de música para teatro. Sai em breve junto com CD. * Como se encara compasso de espera? Fazendo bico, respirando fundo e atacando. Quem segura um lá sustenido? Júlio Bressane. Ryuichi Sakamoto ou Brian Eno? Zappa, Frank. Viajar pela Internet ou na velocidade do som? Na velocidade do melhor instrumento, o pensamento. Que flauta é mágica? Aquela que está pronta para ser tocada, à primeira vista. Musa de inspiração inspira? Inspira e faz transpirar. A harmonia da alma é.... Um acorde imperfeito. Para onde o vento leva seu sopro? Para um ex-asmático, ele já foi longe demais. Quem o tempo não desafina? Quem ao tempo não desafia. O que não falta na sua trilha sonora? Villa-Lobos, chiado, silêncio e Cartola. Quem você colocaria na orquestra? Darcy Ribeiro, trombone. Razão ou sensibilidade? Habilidade -para transformá-las. Quando se perde o tom..... Vai-se a dentadura, fica a embocadura. Compor ou descompor? Descomponho -com cuidado. Texto Anterior: Coluna Joyce Pascowitch Próximo Texto: Os poderes ocultos do fálico Oscar Índice |
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