São Paulo, domingo, 31 de março de 1996 |
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Museu dos EUA deixa visitante acariciar fósseis de dinossauro
DAVID USBORNE
Proclamando-se "o primeiro zoológico do mundo onde os visitantes podem fazer carinho num dinossauro", um museu do Estado do Novo México convida seus visitantes a afagar a armadura de uma criatura que andava pelos desertos e planícies da América do Norte há 70 milhões de anos. O que as pessoas tocam, na realidade, é um molde de silicone tirado de uma parte da pele fossilizada de um dinossauro de bico de pato, descoberto nas montanhas da região. A sensação é semelhante à de passar a mão sobre os pneus ásperos de uma "mountain bike", com uma série de elevações onduladas. "As pessoas que vêm para cá podem passar as mãos sobre a peça e sentir que estão acariciando o dinossauro", diz o paleontólogo Spencer Lucas, do Museu de Ciências e História Nacional do Novo México, em Albuquerque. "Para crianças, será uma experiência que as marcará mais do que lerem dados sobre dinossauros num livro". O fóssil original foi encontrado cinco anos atrás por um estudante de geologia, mas foi apenas no ano passado que os cientistas se deram conta do que representava. "O fóssil é tão estranho, que nem mesmo eu, um paleontólogo treinado, sabia o que era", confessou Lucas. O fóssil tem cerca de 3 m de comprimento e 60 cm de largura, e apenas uma pequena parte dele foi escavada para ser exposta. "Só com o estudo do fóssil dentro da terra, em seu próprio contexto, que poderemos entender como a pele foi preservada", disse Lucas. A oportunidade de "acariciar" o dinossauro é apresentada semanas depois de cientistas no Novo México terem anunciado planos para recriar sons dos dinossauros, soprando ar através de cavidades semelhantes a um trombone do fóssil de um dinossauro de bico de pato. Esperam ouvir um "mugido" profundo e ressonante. Tradução de Clara Allain Texto Anterior: 'Freemen' são risco, diz juiz americano Próximo Texto: MULTIMÍDIA Índice |
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