São Paulo, domingo, 31 de março de 1996
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Motorista fiel evita trocar de veículo

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Aquele senhor ranzinza que reclamava da modernidade do Corsa, nos anúncios publicitários de lançamento do carro em 1994, não é um personagem fictício.
Como ele, existem vários motoristas que resistem à modernidade ou que simplesmente não se incomodam em ter um carro com dez anos de uso. Seja por carinho, fidelidade, conservadorismo, adaptação ou por falta de dinheiro, alguns motoristas não trocam de carro.
O próprio João Crimanini Filho, que representou o cliente insatisfeito na televisão, é um deles. Ele tinha uma Caravan, ano 80. "Era minha paixão", afirma o ator.
Crimanini Filho se rendeu à modernidade quando ganhou o Corsa como pagamento da interpretação do personagem. "Só vendi porque ganhei o Corsa e porque comecei a gastar muito com a conservação".
O advogado Breno Coimbra, com sua Parati LS 1.8, ano 86, é outro bom exemplo. Ele comprou o carro 0 km e rodou apenas 58 mil quilômetros, total baixo para um carro com dez anos de uso.
"Está em estado de novo", garante o advogado, que não sai com o carro na chuva. Segundo Coimbra, só foram necessários reparos nos freios e troca de velas.
O advogado não troca a Parati porque acha que pagarão um preço muito baixo. "Ninguém vai dar valor ao estado do carro", reclama.
O advogado calcula que para ter um modelo similar 0 km teria de investir mais de R$ 12 mil.

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