São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996 |
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Projeto prevê que apenas trólebus circule no centro
CLAUDIO AUGUSTO
Os ônibus chegariam só até os principais terminais perto do centro -parque Dom Pedro e praça Princesa Isabel, por exemplo. Para prosseguir a viagem, o passageiro usaria os trólebus, sem ter que pagar uma nova tarifa. A meta da empresa é colocar a medida em prática até o fim do ano. Sem a instalação de catracas eletrônicas, não é possível impedir a circulação de ônibus no centro. O sistema prevê a utilização de bilhetes semelhantes aos usados no Metrô. O bilhete valeria para a "integração" ônibus/trólebus. O Transurb (sindicato que reúne as empresas de ônibus) está fazendo uma concorrência para escolher quem vai distribuir os bilhetes. Cerca de 22 mil cobradores devem ser demitidos. Isso reduzirá o custo de arrecadação de 28% para 8%. Para arrecadar R$ 1, as empresas gastam hoje R$ 0,28. Com as catracas eletrônicas, gastarão apenas R$ 0,08 para cada real arrecadado. Ampliação As três empresas que operam os 479 trólebus que circulam na cidade estão expandindo a frota. A compra de novos carros é uma imposição contratual. As garagens do Brás, Tatuapé Santo Amaro ganharão 37 trólebus cada uma. No Tatuapé, os 285 carros estão sendo reformados a um custo máximo de R$ 120 mil, metade do valor de um veículo novo. Para Christovam, o programa -se não é o ideal- serve para manter a presença do trólebus no sistema de transporte da cidade. "Não queremos que aconteça em São Paulo o que aconteceu em outras cidades", disse o presidente. Segundo ele, o sistema está sendo abandonado no país. Em um corredor, segundo Christovam, um trólebus pode transportar 20 mil passageiros por hora, contra 15 mil de um ônibus. Isso porque o motor do trólebus é mais potente que o do ônibus. "O trólebus vai de zero à velocidade de cruzeiro mais rápido", disse. Texto Anterior: Aids: pesquisa séria Próximo Texto: Mãe e pai de desaparecidos protestam Índice |
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