São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996 |
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SP quer cooperativa para os ambulantes Intenção é ordenar comércio nas ruas MALU GASPAR
Pelo projeto, elaborado pela comissão permanente de estudos da SAR (Secretaria das Administrações Regionais), a permissão para o "comércio avulso" só seria concedida aos ambulantes que se associassem em cooperativas. Caberia a elas distribuir os "pontos" e fiscalizar a atividade dos ambulantes. O projeto prevê ainda que só seja permitida a venda de produtos comprados da cooperativa, com exceção de comida. "O ideal seria isso. A marca da cooperativa seria como um selo de qualidade", afirma a assessora da Secretaria da Administração, Irede Cardoso, que coordena o projeto. Alguns assuntos, como a distância entre as barracas e seus locais de instalação, continuariam a ser responsabilidade da prefeitura. "Essas questões são relativas ao zoneamento e à ordem pública, e tem que continuar a ser regulamentadas por lei", diz Irede. Segundo ela, a intenção é implementar o projeto com os ambulantes sem a necessidade de lei ou decreto. "Numa expectativa otimista, em seis meses teremos conseguido implementar a cooperativa", afirmou. Seminário O projeto será discutido na quarta-feira em seminário conjunto entre a SAR, a Secretaria da Administração, o Sinpesp (sindicato dos ambulantes) e alguns especialistas. O presidente do Sinpesp (sindicato dos ambulantes), Adir Ribeiro do Amaral, que participará do seminário com a SAR, disse que ainda não conhece a proposta em detalhes, mas aprecia a idéia. Para o sindicato dos trabalhadores na economia informal, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), a proposta é "inútil". "Não precisamos de cooperativas. Precisamos é de uma lei que nos ajude a trabalhar", disse o diretor do sindicato, Paulo Roberto de Carvalho. Texto Anterior: Tamoios será fechada hoje a partir de 8h Próximo Texto: LIVROS JURÍDICOS Índice |
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