São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996 |
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Enquete marcou pesquisadores
DA REPORTAGEM LOCAL Não foram apenas dados estatísticos que sobraram depois da conclusão da pesquisa sobre sexualidade na adolescência.Muitos dos envolvidos tiveram suas vidas modificadas de alguma maneira. "Por mais que disséssemos que os pesquisadores deviam manter o distanciamento com os entrevistados, eles acabavam se envolvendo e se irritando muitas vezes. Por isso, a supervisão teve de ser muito cuidadosa", diz Albertina Takiuti, coordenadora do Pró-Adolescente. Às vezes, os jovens se revoltavam com o tipo de resposta que recebiam. Outros sofriam muito e queriam de alguma forma interferir na vida do entrevistado. "Por isso, alguns pesquisadores estão até hoje passando por acompanhamento psicológico", conta Albertina. Acidente de percurso A médica conta que uma das adolescentes engravidou durante o processo da pesquisa. "Durante a interpretação dos personagens, essa garota era quem mais defendia Andréia e dizia que, apesar de grávida, ela precisava continuar estudando para manter a independência", diz Albertina. A garota lamenta não ter ido a campo porque engravidou. Já Helen Anderson, 20, e Fabiana Duarte, 20, estudantes de psicologia estão trabalhando voluntariamente na continuidade da pesquisa, mesmo sem ter verba oficial para sua continuidade. Texto Anterior: Saiba como foi feita a pesquisa Próximo Texto: Masturbação não transforma o corpo Índice |
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