São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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BNDES paga R$ 3 milhões para governo divulgar as reformas

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo começa a veicular na próxima semana uma campanha publicitária sobre as reformas da Previdência, administrativa e tributária em emissoras de TV, rádios, jornais e revistas.
A campanha custará cerca de R$ 3 milhões e será paga pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A divulgação das peças publicitárias começa no domingo nas revistas semanais, na segunda-feira nos jornais e rádios e, possivelmente, na terça-feira nas TVs.
O governo usará a campanha para explicar as reformas e tentar mostrar seus benefícios no dia-a-dia do cidadão. Será veiculada por três ou quatro semanas.
As peças de rádio e TV sobre a reforma tributária vão ser alteradas por sugestão dos líderes dos partidos aliados. Eles viram ontem o material da campanha.
Os anúncios de rádio continham mensagens genéricas e foram considerados de difícil compreensão pelos parlamentares.
Serão alterados para explorar cada ponto das reformas e, no caso da reforma da Previdência, procurar mostrar que a emenda aprovada na Câmara não foi inócua.
A reforma tributária receberá um tratamento mais cauteloso. Os parlamentares acharam que os anúncios produzidos iriam criar muita expectativa sobre seus efeitos e gerar frustração.
A peça publicitária preparada para a TV sobre a reforma da Previdência mostra um restaurante em que as pessoas são servidas com porções maiores do que outras. A finalidade é afirmar que há desigualdade entre os sistemas de aposentadoria.
A da reforma administrativa trata da má qualidade dos serviços públicos: uma pessoa se frustra depois de ficar longo tempo numa fila e não ser atendida ao final porque terminou o expediente.
A campanha foi produzida pelas agências DPZ e Contemporânea, que têm contratos com o BNDES. As duas agências foram contratadas com licitação, segundo a assessoria de imprensa do BNDES.

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