São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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Maioria dos postos aplica 14% em SP

Liberação provocou confusão

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

A maioria dos 25 postos consultados pela Folha preferiu reajustar os preços ontem em 14%. Em alguns casos o reajuste foi de 33%.
Esse é o caso do Posto Fernão Dias, localizado no quilômetro 28 da rodovia dos Bandeirantes. Ontem, o litro do álcool comum estava custando R$ 0,622, contra R$ 0,467 no dia anterior.
O reajuste da gasolina comum foi de 29,5% e, no caso da aditivada, de 29%.
Antonio Luís da Costa Correia, 44, gerente do posto, disse que o reajuste teve como referência o aumento dos custos de operação do estabelecimento.
"Os salários dos funcionários subiram 20%. E tivemos aumento da água, energia elétrica, por isso subimos nossos preços", diz.
Para o José Alberto de Paiva Gouvêa, presidente do Sincopetro, sindicato que reúne 6.500 postos do Estado de São Paulo, um reajuste de 33% não se justifica.
O vice-presidente executivo da BR (Petrobrás Distribuidora), Djalma de Moraes, fez um apelo aos revendedores dos combustíveis distribuídos pela empresa para que repassem ao consumidor o reajuste de 10% dado pelo governo mais o imposto adicional.
A alta dos combustíveis para os postos do Rio variou por distribuidora. Foi de 13% na Texaco, 14% na BR, 14,57% na Ipiranga, 14,6% na Shell e 16,3% na Esso.
Perda de ICMS
A liberação dos preços dos combustíveis está causando prejuízo ao Estado de São Paulo, segundo o coordenador da Administração Tributária, Clóvis Panzarini.
Em mil litros de gasolina, o imposto deveria ser de R$ 158,50, mas é de R$ 140,00, com perda de R$ 18,50 para a Fazenda.
Para adequar a legislação aos preços liberados, a Fazenda já preparou um projeto de lei que será encaminhado à Assembléia Legislativa em regime de urgência urgentíssima.

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