São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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Animais roubam cena em "Livro da Selva"

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

O que faz do desenho animado "Mogli, o Menino das Selvas" (1967) um dos melhores longa-metragens dos estúdios Disney é o que falta na nova versão em carne e osso de "O Livro da Selva". Os animais não falam, muito menos cantam e dançam.
Embora "O Livro da Selva" não seja o primeiro filme com atores sobre o mais famoso texto do escritor inglês Rudyard Kipling, a animação de Disney se tornou definitiva.
A história de Mogli, um menino criado por lobos nas selvas da Índia, tem pouco de realismo.
Nem a nova filmagem, bancada pelos próprios estúdios Disney, pretende ser realista, apesar de as cenas com o tigre Sheri Khan serem impressionantes.
O meio ambiente e as mensagens sociais ganham projeção. O inimigo, desta vez, não é o sanguinário Sheri Khan, mas o homem branco.
Mas a principal diferença entre esse e outros filmes da selva, como Tarzan, é a fotografia "mágica", que fixa uma Índia de cidades perdidas, tesouros milenares, fauna e flora exuberantes.
O ponto fraco é a atuação, exceção feita a John Cleese. Por ironia, os animais roubam a cena até nessa versão.

Filme: O Livro da Selva
Direção: Stephen Sommers
Elenco: Jason Scott Lee e Cary Elwes
Distribuição: Abril Vídeo

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