São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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Previdência teve emenda suspensa

RUI NOGUEIRA
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A semana começou mal e terminou pior para o presidente Fernando Henrique Cardoso. O debate sobre a reeleição caminhou para trás, e a reforma da Previdência, para lugar nenhum.
O Congresso reagiu de forma clara e desconfiada. A maioria dos partidos, inclusive os da base governista, acha que o assunto deve ser discutido apenas em 97 -só o PSDB se manteve pró-reeleição já.
Anteontem, o presidente do Congresso, o senador José Sarney (PMDB-AP), mirou em FHC e disparou na reeleição.
"Perdeu-se o motivo para aprovar a reeleição neste ano. Não dá mais tempo de atingir os atuais prefeitos", sentenciou Sarney.
A outra sentença partiu do STF (Supremo Tribunal Federal) e atingiu a reforma da Previdência. O ministro Marco Aurélio Mello mandou suspender a tramitação como pediram PC do B, PT e PDT por mandado de segurança.
O artigo 60 da Constituição diz que matéria rejeitada não pode ser proposta na mesma sessão legislativa, só ano que seguinte -e tudo o que o relator Michel Temer (PMDB-SP) fez foi ressuscitar o projeto rejeitado do relator Euler Ribeiro (PMDB-AM).
A decisão solitária do ministro vai ser analisada, no mérito, pelo plenário do STF, o que pode demorar até quatro meses.

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