São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996 |
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Setor atravessa crise, diz Abredi
MARCELO RUBENS PAIVA
"Reconheço a luta dos deficientes, mas tem que haver uma mediação entre as aspirações sociais e os empresários. Existe o direito adquirido do empresário. Não acho justo a lei mudar após um empresário investir num negócio", diz. Maricato acredita que a maioria dos empresários desconheça a lei e diz que o setor atravessa uma grave crise. "Muitos podem fechar as portas, gerando desemprego." Ricardo Holish, diretor do CVI, concorda que existem inviabilidades que devem ser avaliadas e contornadas, e lembra que as adaptações são simples e baratas. "Evitaremos confrontos desnecessários. Nosso movimento visa à integração. As pessoas pensam que as adaptações são complicadas. Temos um departamento de arquitetura que faz assessoria especializada e sabemos que os custos dependem de cada caso", diz. Raul Batista, diretor administrativo da casa de shows Bourbon Street, afirma que desconhecia a lei e que a casa já tem um projeto pronto para torná-la acessível. "É uma obra simples. Era constrangedor ver clientes de cadeira de rodas entrarem pela cozinha. É uma despesa necessária, independente da lei", afirma. Batista diz que o custo da adaptação será de R$ 2.000 e que a lei é dura, mas correta. "É um investimento para satisfazer um grupo que é carente." (MRP) Texto Anterior: Falta de acesso a deficiente será multada Índice |
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