São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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CARTAS

* "No dia 30 de novembro do ano passado, comprei um Santana Quantum GLi, na concessionária Guarujá, no valor de R$ 24,67 mil.
Paguei, como sinal, a quantia de R$ 3.670, conforme proposto no contrato. O carro deveria ser entregue até 15 de dezembro.
Ocorre que já se passaram quase dois meses, e o veículo ainda não foi entregue. A última desculpa da revenda foi que a montadora não estava fabricando o carro. Como uma autorizada pode tratar um consumidor dessa maneira?"
Eduardo Silva Polato (Campinas, SP)
Resposta
A Volkswagen informou que nem sempre é possível a disponibilidade imediata do produto.
A montadora disse ainda que contatou a revenda Guarujá e foi informada de que o assunto foi resolvido dia 8 de fevereiro, data da entrega do veículo ao cliente.
Segundo o Procon (órgão de defesa do consumidor), o Código de Defesa do Consumidor determina que estejam claras na proposta ou no contrato as características do produto, prazo de entrega e preço.
Caso o contrato não mencione o prazo de entrega, presume-se que a entrega é imediata.
No caso de o fornecedor do produto negar o cumprimento da oferta, o Procon esclarece que o consumidor pode entrar com uma ação judicial contra a revenda.
Pode também cobrar um produto com as mesmas características ou optar pela rescisão com a devolução do valor pago monetariamente corrigido, mais indenização por perdas e danos.

* "Gostaria de cumprimentar o caderno pela reportagem 'Atendimento a clientes é lento e ineficaz' (28/1). Foi exatamente o que passei em uma revenda Fiat.
No período de 22 a 24 de janeiro, deixei meu carro para orçamento e pequenos consertos. Senti na pele o atendimento que eles oferecem.
A demora no atendimento dos telefonemas, em média, era de 20 a 30 minutos. Quando conseguia, depois de ouvir propaganda da montadora em uma gravação, me davam a desculpa de que o orçamento ainda não estava pronto.
Resultado: depois de três dias de uma maratona de telefonemas, resolvi tirar o carro, sem conserto."
Maria Lúcia B. Massutti (São Paulo, SP)
Resposta
A Fiat disse que contatou a cliente em 1º de março e foi informada de que os reparos já haviam sido realizados em oficina particular.
A montadora disse também que a cliente não informou o nome da concessionária envolvida.

* "Tenho um Mille Electronic, ano 94, gasolina. O carro não tem apresentado problemas, mas gostaria de saber se é possível obter algumas melhoras no seu desempenho, com ajuste no motor."
José Luís Neves (São Paulo, SP)
Resposta
Segundo o preparador de motores Vinicius Losacco, é possível fazer ajustes na parte eletrônica, na injeção e mecânica, sem abrir o motor. "Com isso, o carro ganha cerca de 10% de potência."

* "Comprei um Corsa GL há dois meses. É um ótimo carro, mas seu desempenho deixa a desejar.
Com o carro carregado na estrada, sua velocidade diminui muito nas subidas. Ele também não é muito ágil nas ultrapassagens.
Gostaria de saber como melhorar seu desempenho, sem perder garantia, diminuir a vida do motor e aumentar o consumo.
Quero saber como amaciar o motor corretamente e a partir de qual quilometragem o carro atinge sua média de consumo ideal.
Direção hidráulica e ar-condicionado roubam potência? Existe um alarme original para o Corsa com controle remoto para travamento de portas e janelas?
Marlos Barros Miranda (Curitiba, PR)
Resposta
A General Motors não recomenda a instalação de equipamentos não-originais de fábrica pois, segundo a montadora, podem comprometer a garantia do veículo.
O preparador de motores Vinicius Losacco recomenda a mesma regulagem indicada para o Uno (leia carta acima).
Para amaciar o motor, a fábrica recomenda que nos primeiros 1.000 km o motorista não exceda 50% da rotação máxima do carro.
Dos 1.000 km até 5.000 km, não se deve exceder 75% da rotação máxima, e de 5.000 km a 10.000 km, não permanecer na rotação máxima por longo tempo.
A GM esclarece ainda que o motor realmente transfere parte de sua potência a fim de gerar energia para o funcionamento da direção hidráulica e do ar-condicionado.
A fábrica não fornece o alarme.

* "Comprei um Mille EP no dia 24 de fevereiro. Paguei à vista e com a promessa de pronta entrega. O carro que eu havia escolhido estava no pátio da concessionária.
Fiquei uma semana ligando para a revenda Milano. Simplesmente disseram que o veículo tinha sido vendido. Só que eles esqueceram que o chassi do veículo estava devidamente anotado no recibo.
Finalmente, após insistentes telefonemas, emitiram nota fiscal em 11 de março, mas só consegui retirar o carro no dia 15."
Oduvaldo Sanches (São Paulo, SP)
Resposta
Segundo a Milano, o cliente fez a proposta de compra no dia 24 de fevereiro. O carro encomendado realmente foi vendido a outro cliente. Outro carro foi faturado, com emissão da nota fiscal em 11 de março.
Sanches afirma que a Milano não avisou que o carro estava à disposição. Ele diz estar insatisfeito com o atendimento e que vai fazer as revisões em outra autorizada.

* "Comprei um Tempra 16V, ano 95, na revenda Fercoi. Na semana da compra, o carro apresentou problemas no freio e câmbio, além de não desenvolver velocidade compatível com a versão e apresentar falhas no acabamento.
Procurei a revenda de Pirassununga, que prometeu solucionar todos os problemas, o que não aconteceu. O carro ficou na autorizada vários dias -a desculpa era falta de peças de reposição.
O carro ainda foi vistoriado por técnicos da fábrica, mas continua com os mesmos problemas."
Brayan Franci M. Palhares (Pirassununga, SP)
Resposta
A Fiat informou que no dia 15 de fevereiro o carro foi entregue ao cliente, pela revenda Flamingo, devidamente reparado.
A montadora disse ainda que contatou o cliente e recebeu a informação de que ele venderia o veículo para comprar outro.
Palhares afirma que os defeitos não foram solucionados. Ele diz que tanto a fábrica quanto a revenda prometeram solucionar os defeitos, na semana após o Carnaval, mas não o fizeram. Pensa em vender o carro e trocar de marca.

Cartas devem ser enviadas para Folha (Redação - Veículos), al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01202-900, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Não esqueça de colocar nome completo, endereço e telefone, para verificarmos se seu problema foi resolvido. As cartas só serão respondidas nesta seção.

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