São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996 |
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Vida de pobre já melhorou um 'pouquinho' com FHC, diz Ruth Primeira-dama comenta 'apartheid social' nas grandes cidades GEORGE ALONSO
"Há dados que mostram que os pobres têm hoje um padrão de vida um pouquinho melhor. Houve aumento do consumo, com a estabilização da moeda", disse, anteontem em São Paulo. Foi sua resposta à pergunta sobre a opção "neoliberal" feita pelo governo FHC para inserir o país no mercado internacional e a polêmica sobre uma maior exclusão social que o processo de globalização parece ser indutor. "Os pobres continuam pobres e ninguém está mentindo sobre isso, mas o governo tem programas sociais", emendou. Ruth abriu o seminário "O Preconceito", na Faculdade de Direito da USP. Para ela, o conceito de cidadania na sociedade multifacetada se ampliou para "a inclusão dos excluídos". "A questão é como reconhecer as diferenças e ao mesmo tempo garantir a igualdade. A sociedade que criou movimentos para reduzir as diferenças é a mesma que multiplicou o preconceito", disse. Para ela, o preconceito virou também instrumento de defesa e competição. Ruth tratou ainda de outro preconceito: "A classe perigosa', que antes vivia longe (na periferia das cidades), agora é vizinha. O medo do bandido se confunde com o medo dos pobres". Texto Anterior: Nova LDO reduz influência do Congresso Próximo Texto: Loyola diz que sai após punir banqueiro Índice |
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