São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996 |
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Soldados não têm preparação
ESTANISLAU MARIA
Depois de seis meses na Academia de Polícia do Pará, o policial pode enfrentar tanto a rotina diária quanto mais de mil sem-terra. Na Polícia Civil, foi criada em novembro passado a Delegacia Especial de Conflitos Agrários. Quatro delegados e 13 policiais civis atuam exclusivamente nos crimes motivados pela disputa de terra. O objetivo é acelerar as investigações, não conter sem-terra. Na quarta-feira, o secretário de Segurança, Paulo Sette Câmara, com o aval do governador Almir Gabriel (PSDB), ordenou que a PM liberasse a rodovia PA-150. Foram reunidos os policiais disponíveis em Parauapebas (68) e em Marabá (85). Quem um dia antes separava bêbados teria agora de enfrentar 1.200 sem-terra. Segundo o secretário, fica em Belém o único grupamento com treinamento especial para situações tensas: o Batalhão de Choque, que não foi enviado. "Os mesmos policiais e o mesmo coronel (Mário Pantoja, comandante da operação) já tinham ficado seis vezes na iminência de um conflito com esses mesmos sem-terra, e a saída foi sempre negociada e pacífica." O secretário prevê mudanças na PM. "Depois desse vendaval, vamos reunir todo o comando e discutir, baseados nos resultados do Inquérito Policial Militar." Texto Anterior: Em 86, bispos denunciaram ação da PM Próximo Texto: Moderno e arcaico Índice |
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