São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996 |
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Crise de identidade é mundial
CLÓVIS ROSSI
Completa: "Afora o programa liberal-conservador, que é consistente, não há um programa com a mesma consistência". Tasso Jereissati discorda: "Vamos ficar imprensados por aqueles que querem uma política realmente liberal, os conservadores que querem deixar as coisas como estão e a esquerda que não acredita nem numa coisa nem na outra". Ele dá seu exemplo para diferenciar-se dos liberais. Diz ser contra privatizar o setor elétrico: "Não faz sentido privatizar uma empresa com função social, mesmo que resulte em gastos para o Estado". Quadros ocupados O ponto em que parecem concordar tucanos alinhados e dissidentes é no reconhecimento da carência de quadros. Covas justifica: "O PSDB sempre teve figuras permanentemente lembradas para presidi-lo. Agora, a maioria dessas pessoas está ocupada com algum cargo (público) significativo." O dissidente Ciro Gomes concorda, mas com uma ressalva: "Os principais quadros estão em tarefas específicas, mas há outros, como Pimenta da Veiga, vetados pela cúpula, porque pensam". Pimenta da Veiga presidiu o partido até entrar em choque com o ministro Sérgio Motta. Alianças excessivas Covas e Tasso minimizam outra crítica que Ciro faz ao PSDB: a relativa ao distanciamento entre as bases e a cúpula partidária. Os dois governadores dizem que esse tipo de queixa sempre existiu e lembram que, no caso do governo federal, o partido é minoritário na aliança formada. Logo, o governo tem de repartir atenções com outras forças, criando a sensação de marginalização do PSDB. (CR) Texto Anterior: Reforma do Estado virou a única bandeira do PSDB Próximo Texto: Grupo Folha lança serviço na Internet Índice |
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