São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Risco ainda persiste

Risco ainda persiste
Do enviado especial
Práticas sexuais de

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

Práticas sexuais de risco ainda persistem em regiões da África. Michel Mbizvo, do Zimbábue, diz que em seu país cerca de 20% dos homens incentivam suas mulheres a usarem produtos que deixariam a vagina mais seca e apertada. "A prática provoca ferimentos que facilitam a entrada do HIV", afirma.
Algumas tradições seculares estão sendo mudadas depois de 15 anos de epidemia. Segundo o antropólogo Carls Kendall, pesquisador em Zâmbia, era comum a viúva passar a dormir com o irmão mais velho depois dos funerais do marido. "A mulher acabava infectando o cunhado", diz Kendall. "Hoje a prática foi substituída por um gesto simbólico que não envolve sexo."
Outras mudanças começam a ser notadas. Em Mwanza, na Tanzânia, pessoas com sinais externos de doenças sexualmente transmissíveis passaram a ser tratados em massa. A infecção pelo HIV caiu em 42%.
(AB)

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