São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Casados há 51 anos apóiam a separação

CARLOS ALBERTO DE SOUZA; SILVIA DE MOURA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O aposentado Edgar Haas, 73, e sua mulher, Norma, 71, vão completar 52 anos de casados em novembro próximo. O casal, que mora em Porto Alegre (RS), tem três filhos que seguiram o exemplo dos pais e mantêm casamentos formais já bastante duradouros.
Aposentado da Caixa Econômica Federal, Edgar conheceu Norma quando ela tinha 10 anos. Mas o namoro só começou quando Norma tinha 15. Entre namoro e noivado foram quatro anos.
Dona-de-casa, Norma diz acreditar que, além do amor, a "compreensão" é um fator importante para a longevidade do casamento. No caso do dela, "cheio de felicidade e sem nenhuma crise". A "harmonia", segundo Norma, deve ter influenciado os filhos na construção de casamentos sólidos. Como resultado, Edgar e Norma têm sete netos e um bisneto.
Norma não tem uma explicação para a efemeridade dos casamentos atuais. Ela acha, porém, que a separação é a melhor saída para os casais que não se acertam. "Sem harmonia não dá para viver."
Infidelidade
Para Jenny Canals, 64, que é casada há quase 42 anos com Welcy D'Ávila Canals, 66, e mora em Chapecó (SC), o problema é a infidelidade. "As pessoas já não têm aquela fidelidade que a gente tinha e continua tendo."
Welcy credita a duração de seu casamento ao entendimento que obteve em tantos anos de convivência com Jenny. "Ela não conseguiu brigar comigo", conta, em tom de brincadeira.
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA e SILVIA DE MOURA)

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