São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Reações podem ser violentas

DA REDAÇÃO

As reações ao plano econômico poderão ser violentas, admitiu na sexta o ministro da Fazenda, Luis Raúl Matos, recordando-se de 89.
Há sete anos, quando o país assinou acordo com o FMI e implementou medidas semelhantes, o resultado foi uma explosão social que deixou 300 mortos e centenas de feridos.
Os venezuelanos não se conformavam com a idéia de ter que pagar mais caro pela gasolina, justamente no maior produtor latino-americano do insumo, diz Flores. E o fato de o plano ter sido elaborado "em conjunto" com o FMI desagradou a população.
Desta vez, pelo menos, o governo tomou a precaução de deixar o acordo para ser firmado depois da implementação do programa.
Pesquisa do instituto Gallup, realizada esta semana, mostra, porém, que 61% dos venezuelanos descartam a possibilidade de manifestações violentas, como as ocorridas em 89.
O diretor-geral do FMI, Michel Camdessus, ao elogiar o plano, na sexta, ressaltou que o mais importante era que "a sociedade o absorvesse e toma-se como seu".

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