São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996 |
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Novo curso de pós-graduação da Faap não garante emprego Nova profissão separa administração de política LUÍS PEREZ
O objetivo da profissão é estabelecer uma separação nítida entre o político e o administrativo. "Nesse caso, o político não costuma acumular as duas funções", esclarece Laerte Temple, 42, um dos coordenadores do curso, oferecido como pós-graduação. Nos moldes norte-americanos, o prefeito não pode demitir o gerente de cidade. Só o Conselho Municipal -equivalente aqui à Câmara de Vereadores- pode fazê-lo. A idéia é não desperdiçar dinheiro do contribuinte. "Uma obra não vai parar porque o novo prefeito é de outra corrente política ou algo do gênero", afirma Temple. A remuneração no Brasil ainda é uma incógnita. A.L. Stevenson, que exercia o cargo em Toronto, Canadá, ganhava US$ 10 mil por mês -mais do que o prefeito. Temple alerta: "Não há garantia de emprego, mas é bom começar a ter gente mais bem-capacitada em gestão de cidades. O que interessa é que precisamos provocar continuidade nas gestões". A idéia dificilmente poderia começar a ser aplicada em uma cidade como São Paulo -mesmo no exterior não foi assim, devido à complexidade das metrópoles. Na primeira turma da Faap, que começou no dia 29, há secretários municipais e até um prefeito de cidade do interior do Estado. (LPz) Informações - Faap: r. Alagoas, 903, prédio 2, 1º andar, sala 2.106, Higienópolis (zona oeste de São Paulo), tel. (011) 824-0233, ramais 1.121 e 1.131. Texto Anterior: Economista prevê colapso no nível de emprego da área rural Índice |
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