São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Motel requer investimento alto

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O boom dos negócios ligados ao sexo não é garantia de sucesso na abertura de um motel.
Esse empreendimento, atualmente, é muito dispendioso e com retorno financeiro demorado.
Os motéis estão divididos em várias categorias, de acordo com conforto e tamanho.
Um motel médio -com cerca de 50 suítes, equipadas com frigobar, TV, vídeo e banheira de hidromassagem- pode custar R$ 5 milhões, dependendo da localização.
O faturamento mensal varia de R$ 50 mil a R$ 150 mil. O retorno financeiro não é alcançado em menos de quatro anos.
Na opinião de José Alves Carreira, 51, presidente da Apam (Associação Paulista de Motéis), a lei de zoneamento foi um dos fatores responsáveis pelo menor interesse em novos empreendimentos.
A lei limita o território para a construção de motéis em duas áreas: zona 6 (áreas industriais) e zona 8/100 (áreas rurais, afastadas dos centros comerciais).
O metro quadrado nas áreas industriais custa, em média, R$ 300. Um terreno de 5.000 m2 -metragem mínima para a viabilização de um motel- custaria, portanto, R$ 1,5 milhão.
Já nas zonas rurais, o preço de um terreno, com o mesmo tamanho, cai para R$ 200 mil.
"Mas não vale a pena, porque um motel afastado dificulta o acesso de clientes e diminui consideravelmente o faturamento."
Uma equipe de 30 funcionários é suficiente para garantir a manutenção e a limpeza. A maioria possui lavanderias industriais.
A Vigilância Sanitária obriga os funcionários da limpeza a utilizarem uniforme, luvas e botas de borracha. Os produtos utilizados devem ter registro no Ministério da Saúde. Outra exigência é a dedetização do prédio -que deve ser realizada a cada seis meses.
Para atender à demanda, é importante manter a cozinha funcionando 24 horas por dia, com dois cozinheiros em cada turno de oito horas. Ela deve ter fogão, geladeiras e freezers industriais.
Disque-sexo
Desde que os serviços eróticos da série 900 foram extintos, em maio de 1994, os anúncios de disque-sexo internacionais triplicaram.
A Telesp suspendeu as linhas eróticas devido a pressões de usuários que tiveram seus telefones usados indevidamente.

Onde encontrar - Apam: (011) 532-1461.

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