São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Fazendo e influenciando

DALMO MAGNO DEFENSOR
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em recente episódio da série "O Quinteto", da Record, Charlie, o mais velho dos cinco irmãos órfãos, está para se casar com Kirsten, uma garota muito bacana, quando uma ex-namorada aparece dizendo ter um filho dele.
Charlie não quer nada com a "ex", mas o instinto paternal o compele a aproximar-se do garoto e assumí-lo. O noivado entra em crise, pois Kirsten é estéril e pressente nuvens negras ao notar o quanto Charlie valoriza a paternidade.
Após três blocos tensos, comuns em episódios com rapazes paternais e noivas bacanas, a ex-namorada de Charlie confessa que o pai de seu filho é outro. Mais frustrado que aliviado, Charlie ainda tem pela frente o problema com a angustiada Kirsten. Felizmente, e como sempre deveria acontecer, o amor acha um caminho e resolve três problemas de uma vez: o casal decide adotar como filho o irmão-bebê de Charlie.
Outro final feliz envolvendo a busca da paternidade esteve em evidência na TV e "saiu em todos os jornais", como dizem nas novelas. O ministro Pelé, 55, apareceu todo pimpão no "Jornal Nacional", 26, falando da gravidez da mulher Assíria, 36.
Empolgado, Pelé teve uma atitude típica de quem leu o livro "Como Fazer Pessoas e Influenciar Amigos", e desafiou o cantor Roberto Carlos, 52, a seguir seu exemplo. Penso eu, 39, que o ministro fez bem: incentivar amigos a repetir nossas experiências agradáveis é uma forma simples e eficaz de contribuir para o bem-estar deles.
É o mesmo princípio que nos faz obrigá-los, digo, convidá-los a folhear nossos álbuns de viagem. A visão das belas paisagens e de nossos rostos cheios de alegria, evidente nas fotos apesar da imagem tremida, da falta de foco e do flash não ter disparado, é para eles a descoberta de um atalho para a felicidade.
Mas, sério, a nova paternidade de Pelé não devia supreender: ele gosta tanto de correr o mundo e a vida, que quer dar outra volta completa.

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