São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Mappin mostra em desfile nova coleção

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Mappin acaba de dar mais um passo no seu programa de reestruturação, para tirar seu balanço do vermelho. Em 1995, a rede de lojas teve prejuízo de R$ 20 milhões.
Desanimada com o desempenho de vendas da sua linha de confecções, a empresa decidiu mostrar ontem num desfile -com a participação da modelo Adriane Galisteu- a coleção outono-inverno.
A idéia é atrair os clientes das outras seções para a de vestuário.
Pesquisa da empresa detectou que as roupas que vendia não agradavam os consumidores -classes B e C nas lojas de rua e A e B nas de shopping centers.
O Mappin decidiu buscar no exterior tendências de moda (tecidos, silhuetas e cores) e produtos.
E mais: cortar de 1.700 para 354 o número de fornecedores de roupas, prestigiar a indústria que tem produto com qualidade e de giro rápido e que entrega no prazo.
A venda de confecções representa hoje 15% do faturamento da rede (de R$ 1 bilhão em 1995).
A estratégia do Mappin é aumentar para 30% em três anos. Até lá, a rede de lojas espera ter dobrado o volume de compras de confecções.
"Vamos carregar as sete lojas de shoppings com produtos mais caros e as seis de rua com produtos mais baratos", diz Jayme Carvalho de Brito Jr., diretor comercial.
Os importados -dos EUA, países da Ásia e Uruguai- vão representar de 15% a 20% da coleção outono-inverno deste ano.
A empresa decidiu concentrar a compra -80%- na linha de roupas básicas. Peças de moda devem participar com 15%. Os outros 5% serão itens em promoção.
O Mappin vai gastar R$ 60 milhões até 1997 para modificar o "layout" das lojas, modernizá-las e abrir mais três. Está ainda implementando programa para cortar custos e treinar funcionários.
"O sucesso da empresa tem que vir da satisfação do cliente", diz Pacifico Paoli, superintendente-geral do Mappin.

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