São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996 |
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Tacasey expõe técnicas ambíguas
ANA FRANCISCA PONZIO
Entre a gravura e a pintura, as peças fogem às classificações para explorar a ambiguidade das técnicas. Também nas imagens há limites sutis exigindo tempo de espera do observador, que só enxerga figurações depois que o olhar ultrapassa o revestimento abstrato de cada tema. Lembrando fragmentos de paredes primitivas, a primeira série de objetos substitui o papel das gravuras por tecidos mergulhados em argila, que após a secagem foram impressos em chapas de metal. Garatujas de infância constituem as imagens dessas peças, representando uma arqueologia pessoal. Vidro Há também obras em vidro, na série intitulada "Sonhos". "Em seu diálogo com a luz, o vidro simboliza a fragilidade e a fugacidade do universo onírico", comenta Tacasey, um dos artistas da nova geração revelados pela última Bienal Internacional de São Paulo, de 1994. Sansei, Tacasey reconhece vestígios da ascendência oriental em sua obras, principalmente no tratamento espacial das composições, onde vazios conduzem à leveza. Inspirando-se nos pensamentos ocidentais de Santo Tomás de Aquino e na poesia do japonês Bashô, o artista acha que sua poética reflete um equilíbrio entre universos aparentemente opostos. Evento: Exposição de Herman Tacasey Quando: hoje até 16 de maio, de seg a dom, das 10h às 22h Onde: Galeria São Paulo (r. Estados Unidos, 1456; tel 852-8855) Preços das obras: R$ 700 a R$ 5.000 Texto Anterior: 'Eu cansei de ser espancada por bêbados' Próximo Texto: Rosa Passos apresenta sua bossa com show em São Paulo Índice |
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