São Paulo, sábado, 27 de abril de 1996
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Operação começa com 40% das estações

DA REPORTAGEM LOCAL

A Cetesb (órgão que controla a poluição no Estado de São Paulo) não terá todas as suas estações medidoras de poluição em funcionamento no início da "Operação Inverno", na semana que vem.
As estações estão em reforma desde o dia 14 de março, e nos últimos dias apenas quatro das 25 existentes na Grande São Paulo e em Cubatão estavam em pleno funcionamento.
A Cetesb prevê que dez delas (40%) estarão prontas até a próxima semana. As 25 estações devem estar prontas apenas no início de junho.
A "Operação Inverno" prevê uma série de medidas para o controle da poluição atmosférica, agravada nesta época do ano por causa das condições climáticas desfavoráveis à dispersão de poluentes.
Entre as medidas tomadas, está o controle maior na fiscalização de indústrias e operações caça-fumaça, para tentar diminuir a emissão de poluentes.
Neste ano, a "Operação Inverno" deve incluir também o rodízio de carros. Inicialmente previsto para começar no início de maio, o rodízio foi adiado para 3 de junho (leia texto abaixo).
Estações obsoletas
Para Claudio Darwin Alonso, gerente de qualidade do ar da Cetesb, o atraso na entrega das estações não vai atrapalhar o controle da poluição durante o inverno.
Segundo ele, as novas estações terão condições de medir um número maior de poluentes em relação às antigas.
"Das estações antigas, apenas quatro mediam as concentrações de monóxido de carbono. Agora teremos dez", afirma Alonso.
As estações medem a concentração de seis tipos diferentes de poluentes, além de verificar se as condições climáticas são favoráveis ou não à dispersão e à formação de poluentes.
Alonso afirma que as estações antigas estavam obsoletas e quebravam com frequência, diminuindo a confiabilidade nos dados das medições. "Com as 25 estações velhas em funcionamento teríamos menos medições do que com 10 das novas", afirma.
Segundo ele, as peças de reposição para os equipamentos antigos já não eram mais fabricadas. "As 25 estações foram instaladas em 1980 e tinham vida útil de 7 anos, mas foram utilizadas por quase 16 anos", disse.
Na semana que vem, devem estar funcionando as estações de Santana, Mooca, Cambuci, Nossa Senhora do Ó, Congonhas, Penha, Centro, Lapa, Guarulhos e Taboão da Serra.
A reforma das estações custou R$ 1,8 milhão. O Banco Mundial financiou 50% da compra dos equipamentos e o restante foi pago com recursos do governo estadual.

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