São Paulo, sábado, 27 de abril de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Juliette Lewis canta em 'Days'
MARISA ADÁN GIL
O CD tem seus momentos, é verdade -mas os escorregões são de lascar. Juliette Lewis pode ser ótima como adolescente pervertida ou objeto de desejo, mas deveria ser mantida longe do microfone. O que ela faz com "Hardly Wait", composição de PJ Harvey, é assassinato. Sua voz é um gemido só, incapaz de segurar o punch bluesístico exigido pela canção. Há ainda o metal anacrônico do Skunk Anansie, banda novata britânica que tem uma participação no filme. Suas duas (!) faixas quase arruínam o disco. Não conseguem, graças a Tricky -ele, de novo. É impossível não dançar com "Overcome", com flautas que entram pelos poros. Outro momento iluminado é "The Real Thing", com os Lords of Acid: um bombardeio sensorial que honra o nome da banda. É pouco. Não compensa aguentar o world-tecno do Deep Forest, outro que ganhou duas faixas -uma delas, com Peter Gabriel. Por fim, há a curiosidade de ouvir Ray Manzarek (ex-Doors, autores da música que dá título ao filme) emprestando seu órgão ao metal do Prong. Estranho, mas é só. (MAd) Disco: Strange Days Lançamento: Sony Preço: R$ 20, em média Texto Anterior: "Virtuosity" traz melhor som dançante do futuro Próximo Texto: Serás um país cruel, disse a fada ao Brasil Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |