São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Testemunha volta à Suíça
RONI LIMA
Cristina Leonardo, advogada e coordenadora do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, disse que ele se sentiu desrespeitado por tentarem desacreditar seu depoimento. Após sofrer um atentado no ano passado, Santos foi morar na Suíça, onde atualmente trabalha em um restaurante. Voltou ao Rio no sábado passado, para participar do julgamento do primeiro réu -o soldado Marcos Emmanuel. Santos passou os últimos dias no prédio da Superintendência da Polícia Federal do Rio. Às 10h35 de ontem, deixou o prédio em um Opala preto, escoltado por outros dois carros com agentes da PF. Santos se disse "muito feliz" por ter reencontrado sua irmã Sônia de Araújo. Antes de seguir para o aeroporto do Rio, ele recebeu na PF a visita da irmã. Ela foi visitá-lo com o marido e dois filhos. "Agora não estou mais sozinho no mundo. Tenho uma família", escreveu Santos. Os dois não se viam havia 14 anos -desde quando a mãe morreu atropelada. Santos disse também que gostaria de reencontrar suas duas outras irmãs, Patrícia e Valdinéa. A testemunha da chacina afirmou ter ficado "muito feliz" com a condenação do soldado PM Emmanuel. "Eu confiei na Justiça, e ela não vai ser falha." Cristina Leonardo disse que Santos não se conformou com as dúvidas levantadas sobre a veracidade do reconhecimento que fez dos supostos criminosos. Cunha se entregou há uma semana. Disse ter disparado um tiro contra o rosto de Santos. A testemunha, porém, afirmou não conhecer Cunha e que o soldado Carlos Liaffa foi o autor do disparo. Texto Anterior: Novo julgamento de PM não tem data Próximo Texto: Cabo atropela 6 no ponto de ônibus Índice |
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